quinta-feira, 10 de julho de 2008

rosa dos ventos [meus]


".. A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
Este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço

Meu tempo é quando"
(Vinicius de Moraes)


Esperar para acontecer amortece aquilo que meembola por dentro. Na espera de quem cansa, cansa de ver que pra crer é preciso fazer acontecer."De manhã escureço. De dia tardo. De tarde anoiteço. De noite ardo." E por vezes enlouqueço. Sentir frio nos pés e não colocar a meia por pura preguiça, mostra que às vezes o calor não vale o esticar do braço, prolongamento do tronco da árvore. Ao calor, as roupas jogadas pelo chão do quarto desarrumado por desleixo semanal de quem não quis começar a segunda, mesmo estando na quinta-feira. Se os dias não tivessem parágrafos, seria mais fácil desorganizar as estruturas que regem a ordem das palavras que eu não sei dizer. Tirar as vígulas das frases é como arrancar do peito o direito de suspirar entre os pensamentos que saem da boca. Praticar regurgitofagia é mais complicado do que deveria.

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